Pablo Viany Prieto; Tainan Messina. 2012. Eryngium urbanianum (APIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Ocorre em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, entre 1650 e 1860 m de altitude (Mathias et al., 1972).
<i>Eryngium urbanianum</i> é uma espécie campestre com distribuição restrita ao Planalto Meridional. Sua EOO é de 1.215,84 km² e o número de situações de ameaça é inferior a cinco. Suspeita-se que <i>E. urbanianum</i> venha sofrendo declínio contínuo na extensão e qualidade do seu habitat, devido à expansão de atividades agropecuárias e silviculturais. Também é possível suspeitar que a degradação das áreas campestres em que ocorre esteja acarretando um declínio no número de indivíduos maduros da espécie.
Descrita em Bot. Jahrb. Syst. 40(3): 295. 1908.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Agriculture | national | high | |||
Atualmente os três Estados da Região Sul do Brasil produzem 60% do arroz no Brasil. |
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1 Habitat Loss/Degradation (human induced) | high | ||||
A área total de Campos no sul do Brasil era 18 milhões de ha, ao passo que em 1996 a área estava em 13,7 milhões de ha (i.e. 23,7% da área total dessa região), sendo 10,5 milhões ha no Rio Grande do Sul (área total: 28,2 milhões ha), 1,8 milhão ha em Santa Catarina (área total: 9,6 milhões ha) e 1,4 milhão ha no Paraná (área total: 20 milhões ha). Um decréscimo de 25% da área total dos campos naturais ocorreu nos últimos 30 anos devido a uma forte expansão das atividades agrícolas. Houve um aumento significativo na produção de milho, soja e trigo, o que se deu às custas dos campos naturais, além da produção de arroz. Apenas 453 km² dos Campos Sulinos estão protegidos em Unidades de Conservação de proteção integral, o que equivale a menos de 0,5% da área total desta formação vegetal. A maior parte deste percentual está nos mosaicos de Campos e Floresta com Araucária, nos Parques Nacionais dos Aparados da Serra, da Serra Geral e de São Joaquim (norte do RS e SC) (Overbeck et al., 2009). |
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1.4 Livestock | very high | ||||
A intensificação dos sistemas de produção pecuária tem levado ao aumento na área de pastagens cultivadas. Apesar da alta produtividade e potencial forrageiro de muitas espécies nativas, elas não são exploradas comercialmente e as pastagens cultivadas são produzidas principalmente com espécies exóticas. Outra forte ameaça é o sobrepastejo, que possui conseqüências negativas para a cobertura do solo, facilitando a degradação em regiões com condições de solos vulneráveis, acelerando o processo de erosão. |
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat) | high | ||||
O cultivo de árvores exóticas tem recebido muitos incentivos, tanto das indústrias privadas quanto do governo, para a produção de celulose principalmente. Particularmente nos campos do Planalto Sul-Brasileiro, áreas que antes eram utilizadas com a pecuária foram transformadas em plantações de Pinus sp. de grandes extensões, essas densas monoculturas não permitem o crescimento de plantas no sub-bosque, o que agrava significativamente os danos causados por esta atividade. Na região sul do Rio Grande do Sul também há a pressão exercida pelo plantio de Eucalyptus sp., também levando à perda de espécies campestres (Overbeck et al., 2009). |
Ação | Situação |
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1.2.1.3 Sub-national level | on going |
Presente na Lista de espécies da flora ameaçada de extinção do Rio Grande do Sul na categoria "Vulnerável" (VU) (CONSEMA-RS, 2002). |